A expectativa de vida aumentada e as demandas profissionais da mulher moderna levaram muitas famílias a adiarem a chegada dos bebês.
Atualmente, consideramos urgente e tardia a gravidez que acontece depois dos 40 anos.
Isso tem uma questão biológica. Os óvulos embrionários funcionam em um esquema de lote: as mulheres nascem com uma quantidade geneticamente determinada. Têm, de forma geral, 1 milhão de óvulos que vão sendo utilizados ao longo da vida.
Esses números diminuem com o avançar da idade. Perto dos 40 anos, restam apenas cerca de 8 mil. É caminho para zerar a ovulação e entrar na menopausa.
O auge da fertilidade feminina é entre os 20 e 30 anos, e a partir dos 37 anos, começa a declinar. Após os 40 anos, apenas metade das mulheres que buscam engravidar obtém sucesso.
Por volta dos 45 anos, a probabilidade de engravidar com óvulos próprios varia entre 1% e 3% por mês. Mesmo quando uma mulher recorre a tratamentos de reprodução assistida, as chances são modestas.
Aos 45 anos, a probabilidade é de 3%. Um ano depois, ela cai para 0,5%.
Quando a menopausa se instala, o cenário se complica ainda mais. A menopausa marca o ponto em que a mulher esgota todos os seus óvulos e, em teoria, a capacidade de conceber é interrompida.
Para saber como anda a sua reserva ovariana existem alguns exames:
Exame de Hormônio Antimulleriano: Este hormônio regula o desenvolvimento e crescimento dos folículos que abrigam os óvulos. O exame, realizado a partir de uma amostra de sangue, oferece uma estimativa da quantidade de óvulos restantes na mulher.
Contagem de Folículos Antrais: Essas estruturas têm o potencial de se transformarem em óvulos, embora ainda não tenham iniciado seu crescimento. O exame avalia a quantidade de folículos e, portanto, o potencial reprodutivo da paciente, através da ultrassonografia transvaginal.
É importante frisar que, mesmo que os exames revelem uma reserva ovariana saudável, ainda existe a possibilidade de dificuldades para engravidar, visto que o risco de infertilidade aumenta com o avanço da idade.
Prós e Contras da Gravidez Tardia:
Ao considerar uma gravidez tardia, é necessário entender os possíveis prós e contras envolvidos. Para o bebê, os riscos incluem prematuridade, baixo peso ao nascer e anomalias cromossômicas, em particular a síndrome de Down. Por exemplo, em uma gravidez por volta dos 20 anos, a proporção de nascimentos com síndrome de Down é de um a cada 1.500 bebês. Aos 45 anos, essa proporção aumenta para um a cada 30.
Para a mãe, os perigos estão relacionados às complicações gestacionais, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. Ela também pode enfrentar tromboembolismo e acidente vascular cerebral.
Para minimizar esses riscos, a mulher deve investir em um bom preparo pré-gestacional, garantir que todos os exames estejam em dia e levar muito a sério o atendimento pré-natal.
Por outro lado, não é apenas desafio. Ao superar as barreiras do tempo, uma gravidez bem-sucedida após a idade madura traz frequentemente uma sensação plena e recompensadora dessa fase da vida.
Para ser mãe em uma fase mais avançada é importante estar ciente dos aspectos que envolvem a reserva ovariana e seu papel na jornada de busca da maternidade.
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